Como era previsto, o São Paulo foi eliminado da Libertadores pelo Atlético-MG. Porem, não estava no script tomar uma goleada de 4 x 1 e que poderia ter sido mais.
Após a segunda eliminação em uma semana, é natural que se inicie a temporada de caça às bruxas e que comece a se falar em renovação do elenco. Porém, a renovação deveria começar pelo alto escalão, ou seja, pela atual diretoria, que se perpetua no poder desde 2006.
Antes, o Tricolor era um exemplo de democracia, pois cada presidente só podia ser reeleito uma vez, permanecendo no cargo no máximo quatro anos, já que cada mandato tinha duração de dois anos. Pois bem, logo em seu primeiro ano, Juvenal Juvêncio manobrou para que o estatuto do clube fosse mudado, passando de dois para três anos o mandato do presidente.
Depois de reeleito a primeira vez, Juvenal fez mais uma manobra e conseguiu se reeleger pela segunda vez em 2011, em eleição que até hoje corre na justiça. O grande problema é quem aprovou tudo isso. O atual presidente ganha todas as eleições com maioria esmagadora de votos. Por que será hein? Enquanto isso, o clube vai pagando o pato a cada temporada.
Bom, vamos ao time. Em primeiro lugar, a diretoria já garantiu a permanência do técnico Ney Franco, o que pra mim é uma decisão acertada. Porém, a cúpula tricolor, a meu ver, não montou um time capaz de brigar por títulos. Jogadores como Douglas, Paulo Miranda, Edson Silva, Carleto, que ontem foram titulares, são apenas bons jogadores para compor o banco de reservas.
Está na hora do São Paulo abrir um pouco o bolso e usar uma parte do dinheiro da venda do Lucas, pouco mais de 108 milhões de reais, para contratar jogadores que cheguem para serem titulares e não apenas para compor elenco. A meu ver, um bom zagueiro para jogar ao lado de Rafael Tolói, dois laterais, um volante e um atacante de nível para brigar por posição com Luis Fabiano são fundamentais para que o São Paulo tenha chances de título no Brasileirão. Dinheiro pra isso tem.
E aí Juvenal?
