Copa do Brasil para quem tem boa memória

Por Bruno Faria

Preparem seus cérebros, torcedores de Corinthians, Grêmio, Vasco, Goiás, Botafogo, Flamengo, Internacional, e Atlético Paranaense. A primeira mão das quartas de final da Copa do Brasil acabou, mas só conheceremos os semi finalistas daqui um mês, a partir do dia 23 de outubro. Essa é uma das coisas mais bizarras que a CBF já aprontou nos últimos anos. E olha que não aprontaram pouco. Nem mesmo previsões nós podemos fazer.

Treine seu cérebro, torcedor. Jogos de Volta da Copa do Brasil, só daqui a um mês

Treine seu cérebro, torcedor. Jogos de Volta da Copa do Brasil, só daqui a um mês

Corinthians e Grêmio empataram sem gols no Pacaembu num jogo chato de se ver. Como será o jogo da volta? Sei lá! Hoje o Corinthians não ganha de ninguém e o Grêmio entrou numa fase ruim. De repente, uma sequência de bons jogos de um ou de outro, muda todo e qualquer prognóstico.

Botafogo e Flamengo empataram em 1 a 1 no Maracanã. Bom resultado para o Flamengo, que tem um time inferior? Sei lá. Mês que vem a crise de salários atrasados pode estourar no Botafogo. O Flamengo pode engatar uma sequência de vitórias e mudar tudo.

Ei, Marin. Que porcaria de calendário é esse?

Ei, Marin. Que porcaria de calendário é esse?

Internacional e Atlético Paranaense empataram em 1 a 1 (outro empate, que saco!) em Caxias. O Furacão encaminhou sua classificação marcando gol fora de casa? Não sei. Mês que vem a boa fase do rubro negro de Curitiba pode acabar (se bem que apostamos no fim dessa boa fase há meses). O Internacional pode demitir Dunga e parar de empatar. Nunca se sabe.

Goiás venceu o Vasco em casa por 2 a 1 (finalmente alguém ganhou). Mês que vem, o Goiás pode cair de rendimento, e o Vasco pode ter uma arrancada mirabolante contra o rebaixamento e ganhar moral para a Copa do Brasil. Pouco provável, mas futebol é dinâmico. Tudo pode estar copletamente diferente já na próxima rodada.

Esse calendário sem pé nem cabeça, que os boleiros querem mudar, proporcionará muitas surpresas. Se os clubes fossem unidos, essa briga seria deles, e não dos atletas, de maneira isolada. Os cartolas que assinam os regulamentos das competições parecem ajoelhar para a CBF e para a televisão sem nem ao menos ler os papéis que suas canetas Mon Blanc rabiscam. Assim fica difícil.

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