Virada Feminista 2016: a resistência que transforma

A Virada Feminista é um esforço coletivo de mulheres militantes, artistas e artistas militantes para promover 24h de cultura feminista na cidade de São Paulo!

Inspirada na resistência cotidiana das mulheres, a Virada contará com atividades de dança, cinema, teatro, literatura, internet livre, fotografia, zine, agroecologia, grafite e culinária das 17h às 17h nos dias 3 e 4 de setembro!

Por que uma Virada Feminista?
Enquanto o machismo tenta transformar os corpos femininos em objetos, as distâncias – geográficas e sociais – produzidas nas cidades aprofundam as desigualdades entre mulheres e homens, brancas e negras, pobres e ricos. Submetidas a uma intensa jornada de trabalho e responsáveis por todo o cuidado com a casa e a família, as mulheres são excluídas de vivenciar e transformar a cidade.

No mundo em que vivemos, estar no espaço público pode significar, para as mulheres, possibilidades de serem deslegitimadas, desrespeitadas, assediadas e violentadas. Ao mesmo tempo, ocupar este espaço é uma das mais fortes demonstrações de resistência. Nas ruas, praças, palcos e palanques, as mulheres, inconformadas e persistentes, revelam-se protagonistas da transformação de suas próprias vidas e do mundo.

Para promover uma cultura feminista, não basta que as mulheres sejam assunto ou a voz de obras artísticas, mas a invenção de um processo que questione a competitividade, a hierarquia e a divisão alienada de tarefas.

A Virada Feminista tem como proposta uma rede de colaboração entre mulheres com base na solidariedade e na coletividade. Por colocar em prática a auto organização, incentiva o envolvimento das mulheres de distintas realidades e acúmulos em todas as etapas necessárias à produção cultural, desde a preparação da programação, até a operação de equipamentos como câmera, luz e som, trabalhos predominante masculinos, nos quais a participação feminina é geralmente ocultada.