São Paulo faz o que deveria ter feito há dois meses

Por Bruno Faria

1377219822autuori_jadson370x211

 

Dois meses, dez derrotas, quatro empates e apenas três vitórias. O aproveitamento pífio de 25%, que manteve o São Paulo na zona de rebaixamento nas últimas 11 rodadas culminou com a demissão do treinador Paulo Autuori. Entre outros fatores, Autuori não conseguiu reverter o emocional dos jogadores, que ficou abalado após a acachapante derrota na Libertadores da América. Além disso, se mostrou incapaz de dominar 100% os vestiários e blindar o elenco em um momento de crise.

A culpa é dele? Não. De todos os profissionais do São Paulo, Autuori é o menos responsável pela situação ridícula que o clube vive em 2013. Ele chegou para apagar um incêndio que não criou e assumir uma bucha chamada “excursão pelo Velho Continente”. Sem muito tempo para trabalhar, quando teve o mínimo, o time apresentou melhoras. Mas o São Paulo não quis pagar para ver no que ia dar. A verdade é que o time estava muito oscilante e a diretoria (vou tentar não pegar pesado com esses senhores para não ser repetitivo) resolveu agir para dar mais um “chacoalhão” no elenco. Se vai dar certou ou não? Teremos Dezenove jogos para descobrir.

Minha opinião? Ridícula, desnecessária e pouco profissional essa queda. Mas agora, Inês é morta.

 É Muricy!

1ae8

Logo após a saída de Autuori, o São Paulo anunciou a volta de Muricy Ramalho. Todos que me conhecem sabem que, em circunstâncias normais, eu estaria eufórico, radiante e que estaria comprando um carnê com todos os ingressos para os jogos no Morumbi até o fim do ano. No entanto, não consegui ficar tão empolgado quanto gostaria.

Tenho minhas dúvidas se Muricy é o nome certo para o momento. Há dois meses atrás, quando o Ney Franco caiu, eu diria “ótimo”. Mas o primeiro turno já acabou e o São Paulo está a infinitos quatro pontos do primeiro clube fora da zona de rebaixamento. Muricy não é exatamente recohecido por trabalhar o psicológico de seu grupo, convenhamos.

Por outro lado, ele deve fazer o que tem que ser feito: jogar fechado. Três zagueiros, meias que chegam dando de cabeça (Valeu Muricy Trabalho) e atacantes que marquem os laterais dos adversários. O momento exige que o São Paulo jogue como time pequeno, pelo menos até a tempestade passar. E isso, gostando ou não, o Muricy sabe fazer como poucos. A velha máxima do “Quer ver espetáculo? Vá ao Teatro Municipal” está de volta. Futebol-resultado é do que o Tricolor precisa nesse momento. Tomara que consiga.

Prometi não falar da Diretoria, mas essa eu não posso deixar passar. Ao trazer Muricy, as múmias da alta cúpula do Morumbi estão assinando não só um, como vários atestados de incompetência. Depois que demitiram o “Aqui é Trabalho, meu filho”, sete, eu disse SETE treinadores passaram pelo clube em apenas quatro anos. Além disso, quando demitiram Ney Franco (que também não era o culpado, viu Sr. Rogério Ceni?), a torcida pediu, gritou e esperneou o nome de Muricy. JJ e sua gangue bancaram Autuori. Dois meses depois, aí está o resultado. Parabéns nem a pau Juvenal.

Aos são paulinos: Oremos e gritemos: É MURICY! Como disse o grande José Rodolfo, Não podemos endeusá-lo com a permanência na primeira divisão e nem criticá-lo por uma possível queda. Vamos torcer.

Temos certeza de duas coisas: a primeira é que não vai ser fácil. A segunda é que teremos patadas diárias nos jornalistas. Se ele era zangado com o time ganhando tudo, agora então vai ser uma maravilha.

019062290-EX00

 

www.esquemadejogo.com.br