Por Felipe Bandeira
“O Cruzeiro tem um bom time e pode surpreender”, dizem todos os gênios da análise esportiva desde quando o Cruzeiro deixou de defender o título em 2004 e virou presença ano sim, ano não em Libertadores, sempre com campanhas, no mínimo dignas. De fato, os azuis de Minas Gerais tem tradicionalmente grandes equipes formadas, principalmente na Era Perrela.
Ninguém no início do campeonato arriscaria o Cruzeiro como candidato ao título. Um ou outro iria partir pra frase que eu abri este texto, meio desconfiado de estar falando besteira. Eu cravei, lá no final do ano passado no “Mãe Dinah 2013″ que o Cruzeiro era candidato a cair, evidente, como diria Datena, eu sou um burro, e essa é a grande realidade, completaria.
Assim como o Botafogo, que não vai ser mais cavalo paraguaio, os mineiros não deixarão mais o topo da tabela, a briga é essa, Cruzeiro e Botafogo, como foi hoje o jogo, com mais uma boa vitória e a confirmação de que até aqui, esse Cruzeiro é melhor que aquele de 2003, pelo menos em pontos ganhos.
Marcelo Oliveira, que só tem trabalho ruim recente no Vasco, clube que zera em termos de várzea administrativa, montou um elenco muito bom. Tirando a constrangedora recepção a Dagoberto como se fosse um craque internacional, os reforços foram sensacionais, especialmente duas: a saída de Diego Souza e Everton Ribeiro.
Everton Ribeiro, que assim como Alex, o grande jogador de 2003, passou pelo Coritiba, tem feito um grande campeonato, pra muitos é o melhor jogador até aqui. Fora Everton Ribeiro, Dedé tem melhorado na zaga e um banco interessante, porque campeonato longo se ganha com elenco.
A mania que nós de São Paulo acharmos que só existe futebol de bom nível aqui e, de vez em quando no Rio de Janeiro, nos fez acompanhar de surpresa essa excelente campanha do Cruzeiro, enquanto esperava o Corinthians chegar, o Fluminense engrenar e o Inter confirmar o favoritismo, deu nisso, Cruzeiro com uns dois dedos e meio na taça e o Botafogo sem elenco tentando aproximar.
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