Por Esquema de Jogo
Por um momento pensei que fosse a Seleção Brasileira
Na medida do possível, eu tentarei evitar falar de canguru. Mas se existe um país que sempre será grande e nunca virará potência no futebol é o Brasil que deu certo a Austrália. Os caras tem terras a rodo, são o quinto maior país do mundo em extensão territorial, tem vaqueiro, canguru, coala, tem até camelo e campeonato nacional, o Australianão com Del Piero, mas não tem craques. Não tem nem bons jogadores, só um ou outro. É difícil o futebol australiano, tipo o americano e o japonês, mas os americanos e os japoneses tem condição para serem bons. O australiano não.
E não há perspectiva da Austrália ser grande no futebol. É mais fácil a cebola do Outback crescer do que o futebol australiano. O próprio outback, no caso o real e não o restaurante, é mais importante que o futebol por lá. Pode ser que cresça a costelinha de porco também, ou não. O negócio já parece um avestruz, acho que não cresce mais. Falando em animais, é bom deixar claro que os marsupiais são legais, bonitinhos, mas o camelos australianos não. Eles são selvagens, assim como os dromedários, que comem os recursos dos ovinos. Camelada, presta atenção, deixem os ovinos em paz!
Os camelos não lembram as lhamas?
Mas como o texto é sobre futebol, voltemos a falta de ao futebol australiano. A Austrália se classificou novamente para a Copa do Mundo, dessa vez disputando as Eliminatórias Asiáticas. Mas eles não são da Oceania? Sim. Mas eles mudaram a federação? Sim. E fizeram bem? Sim. Vão ser bons? Não. Eles abandonaram a Oceania porque ali todo mundo é cego de bola. O que adianta golear Samoa Americana, Fiji ou aquele lixo do Taiti? Nada. Até o Corinthians ganharia hoje dessas seleções com vários gols do Pato. Não desenvolve nada jogar la, só o surfe, o críquete. Mas a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, não é de surfe e nem de críquete. Enfim, eles tiveram a brilhante ideia de sair do continente cego para jogar no caolho. É melhor, né? Já dizia o velho deitado: em terra de cego, quem tem um olho é rei.
Bom, eles ficaram em segundo do Grupo B da fase final asiática, com 13 pontos, e se classificaram direto. Mesmo grupo do Japão que falei na semana passada. Mesmo também em que a Jordânia da Rainha Rânia ficou em terceiro. É legal ter países devárias partes do Mundo na Copa. Mas a Austrália é mais uma seleção que vem ao Brasil fazer figuração. É daqueles países que estarão no pote 4, o dos pés-rapados, com Nova Zelândia, Honduras e Burkina Faso. Aliás, a Austrália esteve aqui nesse mês e levou uma surra de 6 a 0 do Brasil, em amistoso, em Brasília. Tomou gol até do Luiz Gustavo. Complicado. Tomar gol do Luiz Gustavo é tipo tomar gol do Pierre na Europa.
Esse é o Kewell, meia australiano que jogou no Liverpool
O time tem alguns bons valores, no máximo bons com algum esforço meu, como o goleiro Schwarzer e os meias Bresciano e Cahill. Acho que só, porque aqueles Kennedys, Thompsons, Neils são muito ruins. Na verdade, australiano com nome de americano devia jogar poker, bola-ao-cesto ou críquete mesmo, que nada mais é do que a profissionalização do nosso taco. Toda criança no Brasil tem que ter jogado taco! Eu sou do tempo da boa Austrália, do Viduka, que era uma espécie de Washington que dava de cabeça, falava inglês e conhecia canguru. Bom também era o Harry Kewell, que tinha nome de remédio para matar piolho, mas era muito bom meia.
Por fim, a Austrália chega a sua quarta Copa. A melhor posição foram as oitavas de final em 2006, na Alemanha. O goleiro Schwarzer é o cara que mais vezes vestiu essa camisa amarela, que parece a do Brasil, com 108 jogos. O maior artilheiro da seleção é o John Kosmina, que eu nunca ouvi falar e marcou 42 gols. Outra curiosidade é que a vitória de 31 a 0 em Samoa Americana, nas Eliminatórias para a Copa de 2002, é recorde mundial de gols em uma partida oficial entre seleções até.
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