E o IPTU, hein?

Vamos falar de coisa boa (só que ao contrário)? Tekpik, a câmera fotográfica mais vendida do Brasil? Iogurteira Top Therm? Também não.

O Imposto Predial e Territorial Urbano, mais conhecido pela singela alcunha de IPTU, o imposto que pagamos pelo lugar em que moramos e em que gastamos algumas “dilmas” para construir, reformar, pagar o aluguel ou simplesmente manter, está prestes ser reajustado.

A proporção do reajuste é tão delicada quanto seu nomezinho: a expectativa é de que seja, em média, de 24%, mas, em alguns casos, pode chegar a “míseros” 45%. Imagine você, que paga, por exemplo, R$ 4 mil de IPTU. Com o reajuste, considerando que ele alcance o porcentual máximo, o seu imposto subirá para R$ 5800.

A justificativa da Prefeitura é que sem “adequar” o valor do IPTU não será possível manter a tarifa de ônibus nos atuais R$ 3,00. Ou seja: vamos cobrir a cabeça e descobrir os pés, ou, se o frio for na parte inferior do corpo, cobrir os pés e deixar a cabeça à mercê das baixas temperaturas dos tempos de vacas magras.

A oposição tucana, muito da esperta, aproveita para criticar o prefeito Fernando Haddad que, como bem lembrou o jornalista Ricardo Boechat (guardem o que estou falando: um dia este humilde blogueiro ainda vai ser que nem ele), está em férias, dez meses depois de assumir o cargo. Pobres mortais só tem férias, pelo menos, a cada doze meses.

Dia desses, saiu uma matéria informando que cada brasileiro pagou aproximadamente R$ 8 mil em impostos (federais, estaduais e municipais) no ano passado. Curioso é que a Classe Média ganha, no máximo, R$ 1019 por mês. Ou seja, um pobre cidadão de Classe C precisa trabalhar mais ou menos 8 meses do ano só para pagar os milhões de tributos.

Curiosamente, o Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo, bate a casa dos trilhões geralmente em agosto.