Hoje, como eu descobri há pouco (ao contrário de vocês, queridos leitores, que devem ter se informado a respeito disso antes de mim), o Bolsa Família se tornou um quase pré-adolescente e completou dez anos de existência. Em apenas alguns meses de mandato, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva criou o “maior programa de assistência social da História desse país”, como nunca antes existiu.
Mentira. Já existia sim. Lula só unificou todos os Bolsa Esmolas tucanos, criados pelo também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o traidor do movimento, num programa só e voilá: surgiu o Bolsa Família, que te dá mais dinheiro a cada filho que você e sua digníssima esposa têm.
Aprendiz de tucano, tucaninho é! No dia em que o Bolsa Esmola Unificado assoprou as dez velinhas, o presidente nacional do PSDB e presidenciável, Aécio Neves, protocolou um projeto no Senado que vincula o programa ao Fundo Nacional de Assistência Social. Dessa forma, segundo o senador, o Bolsa Família deixaria de ser uma “política de partido” para ser uma política de Estado.
Mas, espera aí, populismo não é coisa de gente de esquerda, que precisa usar medidas assistencialistas como “bengala” para se garantir e se perpetuar no poder?
