Caso Diego Costa

Por Bruno Faria

Diego Costa finalmente saiu de cima do muro. AGORA CHEGA!

Diego Costa finalmente saiu de cima do muro. AGORA CHEGA!

Nas últimas semanas um assunto está enchendo o saco de todo mundo dominando as atenções da mídia especializada mundial. “Qual será a decisão de Diego Costa?” Cara, minha vontade era de encher esse texto com palavras de baixo calão, mas vou manter opéssimo nível deste veículo tão esculhambado respeitado no cenário da crônica esportiva brasileira.

Diego Costa é o artilheiro do Espanhol

Diego Costa é o artilheiro do Espanhol

Eu já disse uma vez que sou contra todo e qualquer tipo de naturalização de atletas, com exceção aos que nascem em um país e, logo na infância, mudam para outra nação, absorvendo assim todos os traços da cultura local. Essa história do sujeito ser vendido para a Europa e começar a jogar por uma seleção de lá não tem minha aprovação, uma vez que descaracteriza a cultura do futebol da região. Sou muito tradicionalista nesse ponto, reconheço, mas não me agradaria nem um pouco ver um ‘Robinho’ jogando pela seleção italiana, por exemplo. Os estilos não batem, simplesmente não encaixam. Mas o quê é minha opinião diante de uma regra da Fifa, não é mesmo?

Vale a pena tanto estardalhaço por Diego Costa?

Vale a pena tanto estardalhaço por Diego?

Fato é que a Federação Internacional, que rege as regras do futebol, agora permite que um jogador dispute amistosos por uma seleção e jogos oficiais por outra. O Estiva já explicou a situação aqui. Independente de nossa opinião sobre ser certo ou não, Diego Costa fez a escolha dele e o senhor Luiz Felipe Scolari está servindo a cabeça do sujeito em uma bandeja de prata para a opinião pública. Quem acompanha o futebol internacional sabe, que o atacante, que agora é espanhol, está vivendo uma grande fase e nada mais. Tanto é que não figurou em nenhuma convocação do Big Phill desde sua primeira aparição na lista.

Quando essa história toda começou, me parecia claro que Felipão queria apenas enfraquecer sua principal concorrente ao título da Copa do Mundo do ano que vem, que não tem grandes opções para o ataque. Mas ontem, os amigos do Bola Redonda Esporte Clube levantaram outra hipótese muito pertinente: Estaria o treinador da CBF tentando desde já criar um sentimento de nacionalismo ufanista no público brasileiro, que prestigiará a principal competição de futebol entre seleções?

Explica essa, Felipão

Explica essa, Felipão

Se for o caso, gostaria de manifestar meu repúdio a essa intenção. Primeiramente, o brasileiro precisa exacerbar seu nacionalismo em outras frentes além do futebol. Como diria meu guru midiático Milton Neves, ‘o futebol é a coisa mais importante dentre as menos importantes’. Em segundo lugar, eu gostaria de perguntar ao Felipão se por acaso ele esqueceu que treinou a Seleção Portuguesa em uma Copa do Mundo. Mais do que isso, convocou Deco, que também é brasileiro. Coerência, a gente vê por aqui.

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